A população brasileira está ficando cada vez mais velha. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o Brasil, que já foi considerado um país de jovens, será em 2025, o sexto país do mundo com o maior número de pessoas idosas. Os avanços na medicina e a busca por qualidade de vida contribuem para que a expectativa de vida no nosso país cresça.
Muitos brasileiros estão se preparando para esse “futuro”, que não está muito distante. A aposentada Terezinha Luiza Teixeira da Conceição, 55 anos, está se precavendo para ter uma velhice mais saudável. Todos os dias, ela faz caminhada; duas vezes por semana, freqüenta as aulas de hidroginástica e ainda pratica capoterapia. Há seis anos, ela vive esta rotina de exercícios. Começou porque o médico a recomendou e hoje não quer mais parar. “Eu me sinto muitíssimo bem, não tenho dores, cuido da minha família e ainda consigo fazer minhas tarefas domésticas”, ressaltou.
Até as crianças estão praticando algum tipo de exercícios. Rute Ferreira de Oliveira é mãe de Maria Eduarda de Oliveira, uma criança de cinco anos. Desde dois anos de idade, Maria faz balé. Rute conta que decidiu colocar sua filha para fazer essa atividade porque acredita que qualquer tipo de exercício ajuda a criança a se desenvolver melhor, a ser mais equilibrada e a envelhecer com mais saúde. “O balé funciona como um calmante e reflete em todos os campos da vida da minha filha, com certeza ela envelhecerá mais tarde”, explicou.
De acordo com o coordenador da Academia Estação, Anderson Vieira Peres, a procura por atividades físicas é crescente, muitas pessoas de 40 a 70 anos, por orientações médicas estão fazendo atividades físicas. Ele acredita que falta no Brasil maior difusão da real seriedade dessas atividades, para que a prática comece antes do surgimento de doenças. “Quando a pessoa se exercita e se alimenta bem, com certeza será saudável. Não adianta começar e parar, porque só a manutenção traz resultados. Meus alunos se sentem bem melhores, as dores diminuíram, o sono é profundo e com as aulas eles fazem amigos, se sociabilizam. Isso é saúde, é vida”, enfatizou.
Experiências como estas estão se tornando cada vez mais comuns na nossa sociedade. Isso é bom porque devemos nos reestruturar para o ano 2025. Aprender a ser uma das nações mais velhas do mundo não será uma tarefa fácil. Questões como saúde pública, planos de saúde, aposentadoria, pensões, abandono familiar precisam ser repensadas tanto pelo governo como pela sociedade.
Por Camila Peres